Ponto claro entre duas áreas escuras, sobrava a dor de Esmeralda. Esbelta, fina, flor da sociedade, a preciosa revelava-se em meio à massa informe da multidão que, desabalada, corria dum destino pressentido e inimaginável. Quase a atropelam. De encontrão em encontrão, foi parar ali, naquela praça, sob aquele único poste de luz.

      Esperou ali horas. Exausta, acabou por aninhar-se sobre a grama e adormeceu. Quando o sol veio tocar seus pés, viu-se numa ilha verde rodeada de chão calcinado. A poucos metros do solo, suspenso por um amplo bater de asas, um dragão aguardava, em silêncio.