“A poesia abre portas à riqueza interior de cada um”, explicou Gelman, reconhecido escritor argentino e vencedor do Prêmio Cervantes de 2007, que atualmente vive no México, após ter se exilado na Itália, França, Espanha e Nicarágua, durante a ditadura militar argentina (1976-1983).

Em declarações ao jornal Milenio, com o qual colabora semanalmente, o poeta definiu a língua como “um lugar de muitas pátrias” e que durante o exílio decidiu viver em países que não falavam o espanhol.

“Estar em meio a línguas alheias me levou a estar mais perto de minhas próprias raízes”, explicou.

“Estou contente em ter chegado a esta idade”, continuou Gelman, que teve o filho e a nora sequestrados durante o regime militar e que conseguiu encontrar com vida a sua neta Macarena, nascida quando sua mãe estava em cativeiro.

Na próxima quinta-feira, o escritor apresentará no Centro Cultural Espanha uma edição ilustrada de seu livro “Bajo la lluvia ajena”, que aborda o tema do exílio.

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Com agências