Em uma entrevista à rádio BBC 4, Stiglitz analisou que o plano de ajuda da União Europeia e do FMI, combinado com um plano de austeridade que criticou com veemência, não frearão o ardor dos especuladores em apostar em um enfraquecimento da zona euro. “As condições aparentemente excesivamente duras impostas à Espanha (afirmou ele, em um lapso) serão, na realidade, contraproducentes para prevenir um contágio”, segundo ele.

Os analistas apontam a Espanha como o próximo país da zona euro que pode enfrentar as mesmas dificuldades que da Grécia.

“Quando tivermos visto até que ponto fica difícil para a Europa adotar uma postura comum para ajudar um de seus pequenos países, nos daremos conta de que se um país um pouco maior tiver dificuldades, é provável que a Europa tenha ainda mais dificuldades para chegar a um acordo”.

“A longo prazo, enquanto os problemas institucionais fundamentais continuarem, os especuladores saberão que eles existem”, acrescentou.

Indagado se isso significa o fim do euro, Stiglitz respondeu: “Pode ser que seja o fim do euro”. “Se a Europa não solucionar seus problemas institucionais fundamentais, o futuro do euro pode ser muito breve”, concluiu.

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Com agências