Veja outros materiais do especial "60 anos da prisão de Elisa Branco e as campanhas pela Paz"

Elisa Branco foi absolvida.

A indomável patriota e mãe de família, a heróica militante comunista no desfile de 7 de setembro de 1950, em São Paulo, abriu a faixa com as palavras heróicas “Os soldados, nossos filhos, não irão para a Coréia!”, foi libertada. Saiu do cárcere onde esteve por muitos meses incomunicável e já se encontra no seio dos seus entes queridos, da classe operária e da grande família dos partidários da paz. Ao ser posta em liberdade, Elisa ainda ostentava no corpo as marcas produzidas pelas violências dos carcereiros do infame governo de Lucas Garcez. Com a sua luta no cárcere, chefiando os protestos das mulheres presas, Elisa foi uma das principais artífices de sua liberdade. E um exemplo de combatividade.

Ao tomar conhecimento da sentença fascista que a condenara a 4 anos e 3 meses de prisão, o Supremo Tribunal absolveu Elisa. A pressão popular venceu os desejos dos incendiários de guerra que tudo fazem para lançar nosso país numa chacina mundial a reboque dos Estados Unidos.

A libertação de Elisa traz em sim uma grande lição. A lição de que quando as massas se põem em movimento e exprimem sua vontade, protestando e organizando-se, é possível vencer a reação e o imperialismo. E foi isto o que aconteceu. Por 4 votos contra 3, pelo voto de desempate do ministro Orozimbo Nonato, aquela corte derrubou o voto do fascista Rocha Lagoa e mandou devolver à liberdade a brava lutadora da paz.

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