O Brasil superou a China na preferência dos investidores estrangeiros no setor imobiliário. A conclusão é da Associação de Investidores Estrangeiros em Mercado Imobiliário (Afire, na sigla em inglês) – a entidade internacional do setor, com sede em Washington (EUA).

Na pesquisa, o Brasil apareceu como o mercado emergente mais promissor de 2011, e o quarto lugar no ranking geral dos países com mais chances de valorização. Além do potencial representado pelo déficit habitacional de 7 milhões de moradias do país, esse apetite pode sinalizar o risco de uma imensa bolha no setor.

As cidades de Nova York e Washington são os alvos prediletos dos investimentos estrangeiros, seguidas por Londres, Paris e Xangai.

Os participantes da pesquisa controlam cerca de US$ 627 bilhões (cerca de R$ 1 bilhão) em ativos imobiliários em todo o mundo, dos quais cerca de 40% nos Estados Unidos.

Os EUA, país no qual os preços dos imóveis desabaram com a crise, lideraram a lista, atraindo 65% dos investidores, seis vezes mais do que a China: "À medida que os temores de uma recessão dupla são afastados, os investidores se revelam mais e mais entusiasmados com as perspectivas para a economia norte-americana", disse o diretor-executivo da Afire, James Fetgatter.

Ele ressalvou, porém, que os investidores não diversificam os investimentos por todo o país, "e sim focam em cidades como Nova York e Washington, ainda mais do que nos anos anteriores".

Para o presidente da Afire, Ian Hawksworth, os investidores se mostraram muito mais dispostos a diversificar seus investimentos, em 2011, mirando nos emergentes. O Brasil foi citado pela primeira vez na pesquisa em 2009. Ano passado, ficou atrás da China e junto com a Índia.

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A informação é do Monitor Mercantil