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    América Latina

    Cientistas chilenos desenvolvem vacina contra alcoolismo

    Essa parte da população da Ásia sofre consequências tão severas ao consumir álcool que isto inibe seu vício, explicou Asenjo, médico da universidade e chefe dos pesquisadores, porque não possui um gene que produz a enzina "aldeído desidrogenase", que metaboliza o álcool no organismo. Sem essa enzima, ao beber "ocorre uma reação tão forte que […]

    Essa parte da população da Ásia sofre consequências tão severas ao consumir álcool que isto inibe seu vício, explicou Asenjo, médico da universidade e chefe dos pesquisadores, porque não possui um gene que produz a enzina "aldeído desidrogenase", que metaboliza o álcool no organismo. Sem essa enzima, ao beber "ocorre uma reação tão forte que as pessoas não tomam o álcool", explicou.

    A vacina consiste em induzir a mutação nas células do fígado através de um vírus que transmite esta informação genética. Atua sob o mesmo princípio sobre o qual são elaborados os parches e remédios utilizados para controlar o vício em álcool, mas sua eficácia seria maior porque, diferentemente das fórmulas anteriores, não depende da vontade imediata do paciente e tem menos efeitos colaterais.

    A vacina, portanto, aumentaria os enjoos, a sensação de náusea e a vasodilatação nos viciados. "Com a vacina, a vontade de beber será muito pequena devido às reações que terá", disse o médico.

    O princípio já foi testado com sucesso em ratos alcoólatras, nos quais o consumo do álcool diminuiu em 50%. "A ideia é que nos seres humanos o consumo de álcool diminua entre 90% e 95%", acrescentou Asenjo.

    "A vacina é específica para as células do fígado. Os emplastros (parches) afetam todas as células e têm muitos efeitos colaterais", explicou Asenjo.

    Após demonstrar seu princípio ativo, os cientistas trabalham agora para cultivar as células necessárias para produzir o vírus em reatores e em grandes quantidades. Depois vem a fase de otimizar a produção, purificar o vírus e a aprovação por parte de diferentes comitês de ética e institutos de saúde pública.

    "Durante este ano será feita a produção em grande escala e depois serão realizados testes pré-químicos em animais para determinar a dose. Posteriormente, em 2012, serão realizados testes químicos na fase 1 em humanos", explicou Asanjo.

    Se os resultados em humanos forem bem-sucedidos, bastaria que o paciente tomasse a vacima uma vez por mês para começar a sentir os sintomas por um período prolongado, o que desestimularia o vício.

    O alcoolismo é o principal fator de risco de doenças entre os chilenos e gera acidentes de trânsito, cirrose e depressões, que são as principais causas de morte no Chile, segundo um estudo oficial divulgado em setembro de 2008.

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    Com agências

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