O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) quer deixar de ser periférico para atuar como protagonista nas políticas públicas. Nas próximas eleições, a legenda quer quintuplicar o número de candidatos a prefeito. Se eram aproximadamente 200 nas eleições de 2008, vão ser mais de mil candidatos no ano que vem, informa o deputado Osmar Júnior, líder do PCdoB na Câmara e ex-vice-governador do Piauí, segundo o Congresso em Foco.
“A prioridade é lançar candidatos ao Executivo tanto quanto ao Parlamento, e a prioridade é lançar em chapa própria”, disse ele, em meio ao seminário organizado pela Fundação Maurício Grabois, encerrado na noite de sábado (18), para discutir um novo projeto nacional de desenvolvimento. O Partido quer aproveitar a os bons resultados do Ministério do Esporte, que comanda desde 2003, atualmente com Orlando Silva, e a proximidade da Copa do Mundo, maior evento esportivo do planeta, para ganhar relevância na política nacional.
O seminário serviu para avaliar as experiências da sigla no Executivo e analisar como potencializar as boas práticas no futuro, explica o deputado Osmar Júnior. O líder do PCdoB diz que o partido não teme passar de pedra à vidraça ao buscar mais ação no Executivo e ao tratar do esporte. Segundo ele, a condução do Ministério do Esporte tem sido muito positiva. Para o deputado, a campanha de desinformação levantada pela mídia se deu sobre pequenos problemas decetacotados no programa Segundo Tempo, que foram pontuais e corrigidos. Segundo Osmar Júnior, no geral o Tribunal de Contas da União (TCU) considerou bons os resultados alcançados pelo programa.
Para o líder do PCdoB, os gastos extras no Pan-americano do Rio em 2007 se deveram à falta de clareza nos compromissos que seriam assumidos pela prefeitura do Rio de Janeiro. Ele disse ainda que os aeroportos são o principal desafio para o governo federal na oferta de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014. Na sexta-feira (17), Osmar Júnior não sabia se conseguiria embarcar de Brasília para Teresina (PI). “Há quatro vôos, dois diretos e todos lotados. O transporte aéreo é o grande nó da Copa. E esse é um problema atual”, comentou o deputado.
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