A base material de nossa indústria, os êxitos alcançados na ciência e na elevação do nível cultural e técnico da classe operária criam vastas possibilidades de acelerar o progresso técnico. Lutar pelo ascenso incessante da técnica da produção constitui uma importantíssima tarefa nossa.

É preciso aperfeiçoar tenazmente a técnica, criar máquinas de maior rendimento, mais econômicas e seguras, fomentar em grande escala a eletrificação, a mecanização múltipla e a automatização dos processos de produção e utilizar plenamente as realizações da ciência no emprego da energia atômica com fins pacíficos.

O aceleramento do progresso técnico é determinado em grau decisivo por um ramo chave da indústria que é a construção de maquinaria. Por isto é necessário melhorar de maneira essencial o equipamento técnico de nossa indústria de construções mecânicas e, acima de tudo da fabricação de máquinas-ferramentas e de ferramentas. É preciso dedicar especial atenção ao aumento da produção de prensas de grande potência.

Nos anos anteriores construímos muitas grandes empresas para produzir uma grande variedade de artigos com o ciclo completo de sua fabricação em cada uma delas. A passagem à especialização e à cooperação em vasta escala na indústria permitirá aumentar consideravelmente a produção, reduzir seu preço de custo e elevar a produtividade do trabalho.

Nosso Partido aplica de modo consequente a indicação leninista de eletrificar o país. Desde o começo do primeiro plano quinquenal, a produção de energia elétrica na URSS aumentou em 34 vezes. Mas não conseguimos ainda que o crescimento do potencial energético se adiante ao desenvolvimento de toda a economia nacional. O nível alcançado pela indústria permite colocar a tarefa de aumentar em grande medida o crescimento anual da potência das centrais elétricas e de elevar a produção de energia elétrica a um nível que satisfaça plenamente às necessidades da economia nacional e da população.

Apesar de que a siderurgia se desenvolve num ritmo elevado ainda sentimos escassez de metal. Isto se explica pelo rápido aumento das necessidades de metal que experimenta a economia nacional, bem como pelo fato de que nossos metalúrgicos dominam com lentidão a produção dos tipos e espécies novas de metal, mais econômicas e de que mais necessita nossa economia.

É preciso desenvolver ao máximo a base de matérias-primas da siderurgia, acelerar a construção de empresas siderúrgicas, elevar em medida considerável o aproveitamento do potencial industrial existente, ampliar a variedade e melhorar a qualidade do metal.

Deve assinalar-se que existem muitos excessos no consumo de metal. Utiliza-se o metal não somente onde é verdadeiramente necessário, mas também onde se poderiam empregar com êxito sucedâneos. Os construtores de maquinaria podem economizar enormes quantidades de metal, diminuindo o peso e as bitolas das máquinas e empregando aços de baixa liga e novos materiais que permitem elevar o rendimento e prolongar o prazo de utilização das máquinas e instalações. Na construção é preciso empreender com mais audácia e decisão a substituição do metal pelo concreto e pelo concreto armado.

Constitui uma importantíssima tarefa aumentar ao máximo a produção de metais não ferrosos e raros e de aços e ligas inoxidáveis e têrmo-resistentes.

O progresso técnico exprime-se não somente no aperfeiçoamento dos velhos ramos e tipos de produção, mas também no aparecimento de outros novos. Um destes ramos é a produção de matérias-primas artificiais e de sucedâneos que têm grande importância para o crescimento da produção de mercadorias de amplo consumo.

Até agora ainda se inverte uma grande quantidade de produtos alimentícios na produção de artigos destinados a fins técnicos. Em 1955, por exemplo, gastaram-se na fabricação de álcool mais de 2 milhões de toneladas de trigo e mais de 700 mil toneladas de melaço. Na fabricação de sabão, detergentes, azeites secantes, e lubrificantes e em outros fins técnicos consomem-se anualmente cerca de 400 mil toneladas de gorduras alimentícias. Entretanto, tudo isso pode ser substituído com êxito por produtos obtidos durante a elaboração do petróleo, do carvão e dos gases naturais. Devemos conseguir a todo custo que, no fim do VI Plano Quinquenal os produtos alimentícios empregados com fins técnicos sejam substituídos por matérias-primas sintéticas a fim de que a partir de 1961 se deixe de aproveitar os produtos alimentícios para tais fins. É preciso fomentar ao máximo a produção de fibras artificiais, que apesar de ter aumentado nos últimos anos está muito longe ainda de satisfazer nossas necessidades.

Mantendo também daqui por diante um elevado ritmo de desenvolvimento da indústria pesada, podemos e devemos ao mesmo tempo dar maior amplitude ao fomento da produção de artigos de consumo.

É sabido que a finalidade da produção capitalista consiste em obter lucros cada vez maiores. Isto se consegue mediante a intensificação constante da exploração dos trabalhadores e a ampliação da produção. Mas a tendência a ampliar a produção choca-se com a estreita base do consumo popular, o que está vinculado ao descenso da demanda solvente dos trabalhadores, inevitável sob o capitalismo. A sociedade capitalista se caracteriza pela profunda contradição entre a produção e o consumo.

O socialismo liquidou esta contradição da produção capitalista. O fim da produção socialista é satisfazer ao máximo às necessidades materiais e culturais, sempre crescentes dos trabalhadores, de toda a sociedade. À medida que cresce a indústria pesada, adquire maior amplitude o desenvolvimento dos ramos que satisfazem diretamente as crescentes exigências da população. Agora, quando temos uma poderosa indústria pesada desenvolvida em todos os aspectos, criou-se a possibilidade prática de impulsionar em ritmo acelerado não só a produção de meios de produção, mas também a de artigos de consumo popular. Será suficiente assinalar que, em 1960, a produção de artigos de consumo popular se elevará quase ao triplo em comparação com 1950.

O Partido faz e fará todo o necessário para que as necessidades dos soviéticos sejam melhor satisfeitas, e com maior plenitude, considerando que isto é o seu mais importante dever perante o povo.