O 14º Fórum Mundial do Socialismo teve início nesta segunda-feira (09/09) na capital chinesa, reunindo mais de 100 participantes de mais de 40 países. Este encontro global contou com a presença de líderes políticos e acadêmicos que discutiram os desafios impostos pelas novas dinâmicas globais.
O Fórum é promovido pela Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS). Seu vice Presidente Zhen Zhanmin proferiu um discurso marcante, ressaltando que os países do G20 hoje contribuem com aproximadamente 59% do PIB Mundial, um aumento significativo em comparação com os 43% registrados no início dos anos 2000. Ele destacou que o momento atual exige um esforço conjunto para fortalecer a cooperação e o intercâmbio de experiências entre as forças de esquerda.
O presidente da Fundação Mauricio Grabois, Walter Sorrentino, foi recepcionado em jantar ao lado de outros dirigentes partidários. Em sua participação em plenário, destacou os desafios e dilemas enfrentados pelos comunistas brasileiros no cenário atual. Sorrentino enfatizou a importância da união e da construção de consenso entre as forças de esquerda para enfrentar as complexidades do mundo moderno. Ele apontou que em meio aos desafios políticos e sociais, existem desafios teóricos importantes à atualização da teoria marxista, destacando a lei do desenvolvimento desigual e uma nova economia política para o desenvolvimento na situação atual, em especial na América Latina.
O Presidente do Partido Comunista da Espanha e da Esquerda Européia, José Luís Centella, também contribuiu com uma importante reflexão sobre os cinco princípios da Coexistência Pacífica para promover um ambiente internacional mais harmonioso. Ele criticou a mentalidade de Guerra Fria impulsionada pela OTAN, sugerindo que a cooperação e a coexistência pacífica devem ser priorizadas.
Um ponto alto do encontro foi também a intervenção arguta do Sr. Li Shenming, ex-Vice-Presidente da CASS, que ofereceu uma análise detalhada sobre a perspectiva chinesa na escolha do caminho da guerra ou da paz. Li citou a resposta do Presidente Xi Jinping à esse dilema, que defende a promoção do desenvolvimento pacífico ao mesmo tempo que protege os interesses essenciais da nação, refletindo uma abordagem equilibrada e estratégica.
O Fórum prossegue com discussões aprofundadas, reforçando a importância da colaboração global e do intercâmbio de ideias para enfrentar os desafios do presente e do futuro. Decididamente, a experiência chinesa mostra que a teoria do socialismo amadureceu e vai se abrindo um novo panorama para a luta pelo socialismo no mundo.
