Carta Testamento lida por Paulo Cesar Pereio na abertura do documentário de Ana Carolina.
POR: Ana Carolina
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O atentado na rua Toneleros contra o jornalista Carlos Lacerda e que ocasionou a morte do major Rubens Vaz, ocorrido em 5 de agosto, foi o pretexto encontrado para que o golpe de Estado fosse desencadeado. Apesar do envolvimento do chefe da guarda pessoal de Vargas, as investigações feitas pelos próprios inimigos do presidente não comprovaram qualquer envolvimento dele no crime.
No dia 9 de agosto, o Correio da Manhã pediu que Getúlio abdicasse do poder. “A renúncia do Presidente da República”, afirmou o jornal, “não significa uma derrota, nem uma humilhação. Deixará o governo sem ser deposto ou vencido (…). Um regime não é um homem, e está nas mãos do Senhor Getúlio Vargas o gesto patriótico de um sacrifício pessoal para que se mantenha de pé o regime e íntegra a constituição, juntamente com a ordem pública e a tranquilidade dos espíritos”. A mesma conclamação era feita diariamente pelo conjunto da grande imprensa nacional – à exceção do jornal Última Hora. A alta oficialidade das Forças Armadas, dirigida pelos setores entreguistas, já se movimentava para derrubar o governo constitucional.
Em 24 de agosto, diante do golpe militar em curso, o presidente suicidou-se. As condições de sua morte e, especialmente, o forte teor nacionalista de sua carta-testamento levaram a uma verdadeira rebelião popular nas grandes cidades brasileiras. As redações dos jornais e sedes dos partidos oposicionistas foram depredadas pela multidão enfurecida. O povo também atacou a embaixada dos Estados Unidos, encarada como principal articuladora do golpe. O líder civil da campanha contra Getúlio, e pivô da crise que levou ao golpe e ao suicídio, Carlos Lacerda, foi obrigado a esconder-se e depois deixar o país até que as coisas se acalmassem.
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