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    Colunas

    Morte sob carbono
    Morte sob carbono

    a floresta (dentro da sala) espia o homem que se apóia na caneta   nomes números nódoas   as velhas esperam o ventilador gira o café esfria o bigode do funcionário     – papel poeira pesares-         –

    Simples História
    Simples História

    Era uma vez um príncipe que não era príncipe era um sonho Ele e seu sonho e a princesa lutaram contra tudo e perderam para todos Pediram auxílio dos deuzes mas estes nem ligaram eram bonitos, eram belos e

    Mas Quem é o Partido?
    Mas Quem é o Partido?

    Mas quem é o partido? Ele fica sentado em uma casa com telefones? Seus pensamentos são secretos, suas decisões                   desconhecidas? Quem é ele? Nós somos ele. Você, eu, vocês – nós todos. Ele veste sua roupa, camarada, e

    Bromélias
    Bromélias

          Ele era muito jovem e tinha uma plantinha de estimação. Era só isso que eu podia ver, daqui do outro prédio. Sempre que ficava até tarde no computador, assistia ele, assim meio descabelado, regar demoradamente o vaso que,

    A morte de Gerardo Melo Mourão
    A morte de Gerardo Melo Mourão

    (A poesia brasileira mais pobre e mais triste)         Um registro apenas, no meu retorno a esse Prosa @ Poesia. Um registro breve, porque breve é a dor, e a morte de um poeta sempre é um fardo

    Hino a Deus
    Hino a Deus

    1 No fundo dos vales escuros morrem os famintos. Mas você lhes mostra o pão e os deixa morrer. Mas você reina eterno e invisível Radiante e cruel, sobre o plano infinito. 2 Deixou os jovens morrerem, e os

    Luar do Sertão
    Luar do Sertão

    Canção                Ao jornalista Assis Chateaubriand Oh, que saudade do luar da minha terra, lá na serra, branquejando fôlhas secas pelo chão! Este luar, cá da cidade, tão escuro, não tem aquela saudade do luar lá no sertão. Não há,

    Conversando com Exú
    Conversando com Exú

          No tempo das caravelas, Cabral montava ondas para parir continentes. Expandiu a fé e o império, e fez os inimigos primevos do capital que ainda fedia a cueiros. Nunca soube dos tormentos e dos progressos que criou, ou

    O canto repartido
    O canto repartido

    Entre a cordilheira e o mar do Chile escrevo. A cordilheira branca. O mar cor de ferro. Regressei de minhas viagens com os novos cachos. E o vento. O vento sacudia a terra, as raízes. Eu viajei com o

    Ho Chi Minh e o dedo de deus
    Ho Chi Minh e o dedo de deus

          Conta-se que Ho Chi Minh foi marinheiro, e embarcado teria passado pelo Rio de Janeiro, mas, uns mais abusados dizem que ele tomou um chopp na rua Álvaro Alvim, depois pegou um táxi até a Lapa cujo trajeto