Logo Grabois Logo Grabois

Leia a última edição Logo Grabois

Inscreva-se para receber nossa Newsletter

    Colunas

    Distrito Federal
    Distrito Federal

          Pouco render, e muito sofrer: essa é a consigna de dona Fulana, vendedora de doces na Esplanada. Manhãzinha, tabuleiro na cabeça, chega, arma sua pequena barraca, aguarda freguês. Vem lá de Riacho Fundo, de ônibus, mercadejar suas coisinhas

    Feriado em Brasília
    Feriado em Brasília

          Ponto de contato entre o amanhã e o sempre, a cidade desenrola-se deserta. Recebe a distância de todos — fugitivos da rotina, arribados em demanda de campos ou outras estâncias plausíveis. Ficamos nós, estrangeiros, exilados no Planalto Central,

    Lua cheia em São Paulo
    Lua cheia em São Paulo

    Para não ficar espetada nas antenas, Ganha altura com lentidão e cuidado. Vai subindo, arranhando-se toda Na epiderme áspera dos arranha-céus. As Delícias do Amargo & Uma Homenagem poemas – Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi, 2006 Adalberto Monteiro, Jornalista

    Auto-estima
    Auto-estima

    Eu face a face com o sol, Ele cara a cara comigo, Não sei qual dos dois Fornece mais energia ao outro. As Delícias do Amargo & Uma Homenagem poemas – Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi, 2006 Adalberto Monteiro,

    Sempre
    Sempre

    Escrever poesia, sempre. Com a persistência E a luminosidade do sol. As Delícias do Amargo & Uma Homenagem poemas – Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi, 2006 Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta. É da direção nacional do PCdoB. Presidente da

    Função poética
    Função poética

          Bar na 306 Norte. O samba come solto na voz de um negro carioca, que canta todos os sucessos da Estação Primeira de Mangueira e um pouco mais. Minha filha, oito anos de energia concentrada, dança e canta

    Passeio na praça
    Passeio na praça

          Chove no planalto central. No meio da tarde, um chuvisco, filho do pé d'água de véspera, toma conta da paisagem. De um cinza claro, feito algodão sujo, o céu esmaece o brilho das disposições niemeyeranas.       Passeio com

    A esperança do mundo
    A esperança do mundo

    As crianças em seu caminhar Sinuoso e cambaleante. Quantas quedas, quanto choro! Quanta imperfeição, tudo por aprender! Todavia nelas reside a esperança do mundo. As Delícias do Amargo & Uma Homenagem poemas – Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi, 2006

    Comentando Oscar
    Comentando Oscar

          Audiência no Palácio do Planalto. Entro com um colega de ministério no imenso salão que se abre oco, câmara gigante onde pode-se ouvir o tempo.       – Veja quanto espaço sobrando aqui, ocioso, enquanto nós lá nos apertamos

    Objecto
    Objecto

    Exaurido, o sujeito olha as folhas e se pergunta qual o sentido possível daquilo tudo. Observando bem, não havia razão para estar ali, diante da vida, a pesar palavras. Que elas, densas, dúbias, falsas, enganam e não dão conta