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    Colunas

    A carta – capítulo 40
    A carta – capítulo 40

          Quando seu Jorge desperta, a escuridão ainda persiste. Aos poucos, sombras difusas vão se formando e sons lhe chegam nítidos. Manchas passeavam pelo ambiente, falavam entre si. Uma voz desconhecida declarou, num arremedo de euforia:       – Finalmente!

    A fragilidade do novo
    A fragilidade do novo

    O novo só triunfa Sob cuidados especiais. Não basta o vigor biológico Do rebento. Não basta a palmeira Lançar seu pendão em direção ao sol, Se não possui o antídoto Contra a praga que se empanturra Com a clorofila

    A carta – capítulo 39
    A carta – capítulo 39

          Não era chuva: tava mais para cascata. Na avenida, corria um rio. Das ladeiras, afluentes vinham engrossá-lo. Janelas lacradas por vridros, crianças assistiam dos apartamentos os espetáculo da tempestade. Debaixo das marquises, transeuntes e mendigos se apertavam contra

    A carta – capítulo 38
    A carta – capítulo 38

          Tenório, parado à porta, vê pela primeira vez aquele a quem nunca chamara de pai. Não sabe o que sentir, nem tampouco o que fazer. Vinha com tudo armado, pronto para o desfecho de sua vida. Ali, diante

    A carta – capítulo 37
    A carta – capítulo 37

          Chega descendo o sarrafo. O primeiro a pegar porrada é Zezinho que, desperto pelo estilhaçar do vidro do Corsa em que trabalhava, posta-se diante de Argemiro em desafio. Esse, por sua vez, roda o pau com uma agilidade

    A carta – capítulo 36
    A carta – capítulo 36

          Chega em ruínas. Abre a porta do apartamento, entra com o cansaço sobre os ombros e os olhos soturnos.       – Isso são horas, Gemiro? – vinha falando Lolinha, da cozinha pra sala – Qué isso, meu deus?!

    Ehhh hehh carteirada!
    Ehhh hehh carteirada!

          Conta-se que num dia desses numa churrascaria no Rio de Janeiro uma senhora sentindo-se ultrajada por um rapaz que fumava charuto na área de fumantes exigiu que ele apagasse o charuto. Vendo que não seria atendida, apelou para

    A carta – capítulo 35
    A carta – capítulo 35

          – Quando é que saio daqui?       – Daqui uns dias, mãe. Daqui uns dias.       – Cadê Glória?       – Cuidando do pai.       – Por que não é você que faz isso?       – Não sei.

    A carta – capítulo 34
    A carta – capítulo 34

          Abordado por dois investigadores da Civil, Argemiro não atina no que se passa. Só depois do primeiro aperto, o cano lhe magoando os rins, se apavora, dispara uma profusão de "qué isso" e "o qué queu fiz" e

    Tenores
    Tenores

    O sol bebe a lama dos brejos E as mamonas pipocam. Uns duzentos bois, a coices, Disputam, no imenso pasto, A sombra do último jatobá. De tão seco o ar do Planalto, Lixa e sangra a garganta, o nariz. Então, do