A carta – capítulo 6
Quando Argemiro chegou em casa, Lolinha percebeu um certo ar de novidade em seu rosto. Era o marido entrar com aquela cara, logo uma bomba estourava no meio da sala, pasmando toda a família e mais os agregados.
Quando Argemiro chegou em casa, Lolinha percebeu um certo ar de novidade em seu rosto. Era o marido entrar com aquela cara, logo uma bomba estourava no meio da sala, pasmando toda a família e mais os agregados.
Na oficina de Toninho, seu Jorge conversa animado. Fala das vendas do dia, das empregadas de Perdizes, das donas casadas, descasadas e solteiras que transitam pelo bairro. Todo mundo ri um bocado com seu Jorge. Ele tem
O telefone toca. Enche de trinados a sala toda escura. Dona Inácia desperta de um salto. A cabeça ainda lateja um pouco, mas já está bem melhor. Por uns instantes, fica meio apalermada, sem saber onde está.
Na oficina em que me encontro tenho a nítida sensação de momentâneo fracasso. Será que nada muda? Olho com calma os carros, os pássaros, os meninos, o rio… Tudo passa, dizem. Mas a vontade é de que o eterno
Saco das Varas, interior de Sergipe. Emerenciana mexe o feijão na panela e observa a filha à mesa da cozinha. – Qué que tu tanto rabisca aí, menina? – Nada não senhora. – De hoje
– Tá caro, seu Jorge! – Caro, o quê? Tá quase o preço do Ceasa, dona. – Na banca do João Antonio, o papaya tá mais em conta. – Mas ele tem papaya bonito assim
Dona Inácia chegou das compras cansada. Arriou a sacola no ladrilho da cozinha e, assoprando, dirigiu-se ao sofá da sala. Na mesinha de centro, um maço de contas e outras correspondências. Dentre elas, um envelope rosa, endereçado a
"POUCA SAÚDE E MUITA SAÚVA, OS MALES DO BRASIL SÃO." Vai daí que eu gosto muito daquela passagem em que o herói Macunaíma ao ver o tico-tico alimentando o chupim, pega num porrete e mata o passarinho
Verto olhos luzes avenidas SANGUE? – Concha y toro "Cuando el sudor de nieve fué llegando…" "Cuando la plaza se cubrió de yodo…" Bebi uma América de vulcões e palácios bombardeados
Amarildo, 65 anos, sentado na sacada de seu pequeno apartamento, queixo apoiado sobre as mãos no castão da bengala. Defronte seu prédio, a manhã despeja nas calçadas bandos de universitários. No edifício ao lado, canteiros e crianças. Na