In extremis
Despertou nos vastos horizontes da dor. Em busca de si e do outro que em si habita, empreendeu a viagem não planejada. Do ponto da ponte onde chegou, avançou um olhar para o mar embaixo e pôde ver
Despertou nos vastos horizontes da dor. Em busca de si e do outro que em si habita, empreendeu a viagem não planejada. Do ponto da ponte onde chegou, avançou um olhar para o mar embaixo e pôde ver
Nesta segunda-feira, quando já estamos sob a sensualidade e a fertilidade da primavera, este pobre mortal que vos escreve, humildemente, consciente desta condição, hoje silencia. Cala-se para que tome a palavra um imortal: Bertolt Brecht. Sobretudo, nesta data,
Estava outro dia no ponto de ônibus, torcendo por um ônibus vazio, para que eu pudesse me sentar e ler um bom livro do Gabriel Garcia Marques que trazia dentro de minha pasta, novinho em folha, aliás em
Estando em Aracaju, Sergipe, aos dez, onze anos, discuti com minha mãe por não querer usar calças. Tava um calor de lascar e íamos a um passeio. Mãe, com a peça na mão, e eu, reclamando: –
Alistou-se. Ainda que soldado, ainda um estrangeiro. E rumou para aquele país: estrangeiro. Imaginou: talvez um dia, depois de alguma economia e um pouco de privações, poder sentar-se nalguma taverna como um poeta persa, esperando que lhe
Império Incendiaram o horizonte e era de ninguém a culpa. Atropelaram as avencas, desnudaram as copas todas das árvores e perpetraram mil violências. Fundaram mistérios e depositaram nas pedras lisas imagens para culto das gerações vindouras.
– Voltei. – Voltaste? – Pois não é evidente? – Então pode a noite cair. Já tenho minha estrela. – Você gosta de me encabular, não é? – Eu gosto é de ti,
São 23 horas. A filha, incessantemente, colhe flores. Ininterruptamente, oferece a colheita ao pai. O jardim tem uns 500 metros e ela 50 centímetros. Vai e volta volta e vai. Se o pai, igual ao bisavô, usasse chapéu, o
– Genival, você gosta de mim? – Gosto. – Pois eu acho que esse seu gostamento tá pouco. – Mas toda vez que eu lhe vejo ele cresce um bocadinho, gostosa. – Eu sei
Querem matar mais um Paulo. Desta vez é Paulinho. Como o primeiro, esse também é Fonteles. Como aquele, o segundo é parlamentar; comunista; combatente. O assassino é o mesmo. Está solto há anos, impune, e à vontade para