Logo Grabois Logo Grabois

Leia a última edição Logo Grabois

Inscreva-se para receber nossa Newsletter

    Colunas

    Parque industrial
    Parque industrial

    Meu canto não é mais canto por não estar na boca dos homens. Ele é geografia que se tece por entre usinas e corporações; é arquitetura que se ergue nas torres sem pudor ou retinas de consciência. É sinfonia

    A procura de Rosa
    A procura de Rosa

          Enquanto o avião pousava, meu pensamento voltava-se para Rosa. Cheguei cansado, mas no dia seguinte saí a sua procura. Andei pelo entorno da base aérea de Maxell, nos "bairros negros", lá encontrei vários hospitais de veteranos. Fui a

    O palácio
    O palácio

    Um santo austero violenta tua sala morta e nem sabes que a prata queima seu brilho entre verdes umidades. Guardas junto às tuas paredes as memórias e tudo cheira a omissão e violamento. Brutalizam teu quintal os muros e

    O casarão
    O casarão

    Do casarão desmontam suas pedras. Ao golpe da marreta, no claro olho do meio-dia, a porta abre sua semente para o céu e perpetram os homens o seu futuro. O casarão remonta à sua época: Sob fios que conduziram

    O barraco
    O barraco

    Há uma fome na vida da gente que penetra e é tudo. Há muita coisa na vida da gente pra fazer chorar… Há muita coisa… Há um quê nos ares da gente que entristece, que anoitece e que, quando

    Os sonhos e os séculos
    Os sonhos e os séculos

    Há milênios num ponto perdido da América, numa densa noite, um índio olhando a lua desejou toca-la. Percorreu distâncias e do alto da mais alta árvore da Amazônia lançou sua flecha para em seguida, triste, vê-la cair no podre

    Tina eu ti amo
    Tina eu ti amo

          "Tina eu nunca pude fala cum vosse, eu…"       – Droga!       Mais uma folha ia parar no lixo. Ele nunca conseguira terminar os estudos, melhor, saiu da escola na quarta série, e hoje estava apaixonadíssimo por Tina

    Pão e trigo
    Pão e trigo

    Entre o pão e o trigo há uma distância: O trigo, inacabado sob o tempo, na ânsia de tornar-se pão, canta com os companheiros a felicidade de ser trigo e um dia poder negar-se trigo para ser pão. O

    Os filhos da terra
    Os filhos da terra

    I – O CAMPONÊS Me pintaram a cara de índio e me arrancaram da terra com minhas raízes e meu reino. Lançaram minhas sementes n'areia e n'areia me perdi entre os grãos. E mataram minha colheita, e nas promessas

    O morto
    O morto

          "Pensavam que estivesse morto. Alguns esperavam, outros desejavam. Ele, não respirava, nem se movia. E assim ninguém percebeu quando certo dia, sempre um dia, mas que não era um dia qualquer, levantou-se e ameaçou puxar uma aba do