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    Colunas

    O besouro
    O besouro

    Instala sua noite o besouro. Negro, como negras são as tardes de abril, degola formigas e sufoca cigarras. Calca sob pés militares nossas manhãs e filhos; brutaliza nosso tempo e relvas; amassa firme seu terremoto e suscita toda a

    “CAMARADAS, ACOMODAR É UM CRIME!”
    “CAMARADAS, ACOMODAR É UM CRIME!”

    Aproveitar cada segundo da liberdade conquistada, igual a mesa operária aproveita cada pedaço de pão! A liberdade em nosso país nos é tão rara, tão preciosa tão cara que é crime desperdiça-la. Mesmo que ela se apresente assim: tão

    O Pombo
    O Pombo

          Conheci um velho que, como um relógio, nunca atrasava em seus compromissos. E este senhor tinha um compromisso. Todo dia, no mesmo horário, ele se dirigia para uma pequena praça perto de minha casa e, lá, ficava por

    O cão
    O cão

    Sob um sol de domingo (o que há de especial num sol, no domingo)? o cão passeia pela cidade seu faro último. Nas pêndulas de sua carne e nos pelos alourados, fica assim, só, em meio a tantos comparsas

    Melopéia
    Melopéia

    Quando o sol bateu em meu rosto ouvi distante a melodia do Muezim. A imensidão da luz ofuscou as palavras. Levantei-me e caminhei por entre os sons. Nos meus ombros a armadura liberta o som metálico. Concentro-me no movimento

    Os bois
    Os bois

    O mais que façamos é tudo que nos basta. A carregar esses homens por tantos caminhos afora, a golpe de fogo e soleira de verão, vagamos nós, bois enfermos e famintos, donos de nenhum destino e senhores de tantas

    A dança das baratas (da série Invertebrados)
    A dança das baratas (da série Invertebrados)

    Na América do Sul dançam pobres e incertas baratas. Amplas são suas cascas grossas e suas patas magras. Mais amplos, porém, são sua confusão e embaraço. As baratas, pobres, mas ricas de tanta incerteza, dançam diante da morte, pulam

    RUANDA
    RUANDA

    Em cada clareira, em cada vereda, em fila indiana, a morte arrasta-se em Ruanda. A cada dia, a fome, a cólera abatem 1.000 pessoas e não há coveiros o bastante, então os rios de Ruanda estão obstruídos não por

    A Chave
    A Chave

          Chegamos. Ela estacionou o carro na frente de casa. Diferente do que todo homem fala, minha mulher dirige muito bem. Melhor até do que muitos homens por aí. Claro que não digo isso a ela. Afinal, onde fica

    A geração do presente
    A geração do presente

    O momento é grande, largo feito a Praça da Sé em dia de luta. O presente é largo e não nos larga os punhos por mais que o neguemos tempo e necessário. Temos desejos a cumprir. Desejos de uma