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Embriaguem-se
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso. Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se. E se, porventura, nos degraus de um […]
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O pagode
Lá do bar, vem o rumor do pagode. Os tambores ruflam, apesar do chicote. Os socos no couro do instrumento Trazem-me de volta à razão. Se os negros, dos quais descendo, Não se renderam ao banzo e ao relho É melhor por ora dançar E mordiscar um par de seios. Adalberto Monteiro As delícias […]
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A feira do povo
No sertão nordestinado a feira do povo é uma economia de centavos São ovos ambicionados de um viver sextavado Um real é dinheiro digno de consideração e apreço Galinha do pé seco não dá pra quem quer Zé da buchada quer enricar só de as destripar Mais velha que as penosas só a perpétua necessidade […]
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Do Desejo II
Quem és? Pergunto ao desejo. Respondeu: lava. Depois pó, Depois nada. II Ver-te. Tocar-te. Que fulgor de máscaras. Que desenhos e rictus na tua cara Como os frisos veementes dos tapetes antigos. Que sombrio te tornas se repito O sinuoso caminho que persigo: um desejo Sem dono, um adorar-te vívido mas livre. E que escura […]
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