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• Operária rebelada

  Como quem aspira o éter do sexo, O nariz suga o buquê do vinho. Abelha operária, Lírica, rebelada, Entregue ao perfume das pétalas abertas, Da corola intumescida. — Que passe fome a rainha! As Delícias do Amargo & Uma Homenagem poemas – Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi, 2006 Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta. É da […]

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• Réquiem

        O tempo das palavras não correspondia ao tempo das falas. Ficavam todos sentados em torno da fogueira que já não existia e as coisas não precisavam ser explicadas, por causo do alto grau de cumplicidade e ausência de compadrio.

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• Besouro

  O buquê Da flor Atrai o besouro Que a saqueia, Que a deflora, Com a virilidade de um touro E a leveza de um pássaro.

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• Galos-índios

  Meus poemas, minha melhor parte, Minha arte de cultivar a vida. Meu modo de esquivar-me da morte. Meus poemas, propriedade De todo o povo, Filhos das alegrias e das desgraças De toda sorte. Meus poemas, meninos libertinos: Dos quintais roubam tangerinas E a nudez e os beijos das meninas. Meus poemas, galos-índios: São elegantes, brilhantes, […]

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