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• A carta – capítulo 32

        Abre os olhos no quarto escuro. Da frincha da porta, vem uma luz mal coada. Procura o interruptor e não acha. Caça a campainha: tateia, tateia, e não encontra. Sente sede. Pensa em se levantar, mas desiste antes mesmo de tentar. Aquieta-se. Apura o ouvido em busca de algum som: só rumores do corredor. […]

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• A carta – capítulo 31

        – E aqui é por quilo, é?       – O senhor pega essa bandeja aí, o prato, o talher e se serve.       Argemiro ri por dentro. A moça tá é achando que ele não sabe se virar num restaurante como aquele.       – Tá certo. Então eu vou acompanhando a moça […]

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• A Sé

  Meninos e meninas Matadas a pau, Nas escadarias da Sé. À entrada da Sé Um mendigo, com diarréia, Mancha o mármore. Nas encostas das janelas da Sé, Pombos envenenados, doentes, famintos. E destroços de gente Amontoam-se lá adiante Nos bancos do jardim. Na Praça da Sé, Uma multidão entoa o Hino Nacional. Brada: trabalho, justiça, […]

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• Um país de homens sérios

        O engano musicado apresentado no hino à república, não é a exceção, mas a regra de uma prática presente na formação social brasileira, não raro, tendo por detrás, um intelectual seriíssimo. Quando digo isso, confesso que sou tomado de uma certa sensação de estar dizendo o óbvio, o lugar comum, mas, entrego-me aqui a […]

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